quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Amo a paradoxalidade da vida

Amo como em vários aspectos da vida existe sempre uma pequena linha que separa o bom do mau, a felicidade da tristeza e principalmente, amo ainda, como por vezes os paradoxos caminham juntos, como todos os dias a tua sombra te segue.

Sem ar não respiro, sem ar não sinto o aroma dos caminhos que percorro; sem ar não sinto o perfume de quem amo, de quem adoro, de quem gosto; sem ar não vivo...mas é na ausência de oxigénio que me encontro, é no mar que faço tréguas com a vida, é nele que sou livre.

Sem ver não me sei direccionar, sem olhos não encontro o meu caminho, se a visão não tenho como terminar a minha procura, perco os meus guias...mas é o sentido mais facilmente enganado, é o sentido que mais revela os teus sentimentos, que mais facilmente te irá trair por mais que o escondas com um sorriso, é com a sua ausência que consegues sentir o paladar de outra pessoa, um amo-te sem troca de olhares, é quando a visão falta que sentes que podes confiar em alguém.

Sem coração não vivo, sem cada batimento não sobrevivo, sem cada palpitação que ele me dá não me sinto vivo...mas é quando o dou a alguém que sinto o que é estar vivo, o que é sentir cada batimento cada vez mais acelerado quando me olham, cada palpitação cada vez mais forte, quando me tocam.